Finalmente, depois de esperar tanto pela minha vaga vou começar numa empresa maior, de grande porte, talvez uma das maiores e mais exigentes que eu tenha trabalhado, uma das gigantes do polo farmacêutico.
Fico feliz em saber, que apesar de ser passos lentos como borboleta a cada passo tenho encarado uma empresa cada vez maior e que continue assim até que um dia quem sabe por milagre eu esteja fazendo algo no Sistema Brasileiro de televisão.
Quem sabe, o SBT, nada é impossível quando você tá vivo e fica tentando possibilidades.
Essa espera definitivamente acabou comigo, me deixando na exaustão de psicólogico físico e emocional e financeiro também, como fiquei sem renda esperando faltou tudo e isso explica meus últimos textos de revoltas empapussado de ovos de galinha.
Eu sei que não vai ser fácil e vou contando tudo aqui para vocês, vocês sabem que pra mim nada é fácil, diferente da minha última empresa que amei a Vitamedic eu espero que aconteça algo como encontro de almas que se encaixem para dar certo a parceria.
Como falei a alguns textos atrás o mundo dos negócios é um casamento, uma relação, precisa dar certo pra continuar existindo.
Os 5 meses que vivi na Vitamedic foram um sonho, pra quem trabalhava numa prensa empoeirada que parecia um lixão pra uma terceirizada de refugo de papel que quase quase nunca parava ter um uniforme limpo todo dia e não fazer nada com tanta pressa era um luxo.
Na antiga Carta Fabril eu lutei muito lá trabalhei e aguentei muita coisa e mudei meu nome lá a muito suor, lembro que tive desentendimentos com a gestão levando documentação provando que eu já tinha alterado e eles maior falta de respeito me ignoravam deixando meu nome na folha que assinava o ponto todos os dias do mesmo jeito mesmo eu deixando comprovada xerox de documentos da receita federal comprovando a minha séria troca.
Depois de tanto de descaso e omissão eu chegava na Vitamedic como Eduard e super feliz de não ver um número mas meu próprio nome naquela catraca empresarial.
Gente, definitivamente a Vitamedic foi a melhor empresa que eu trabalhei e que me acolheu o problema foi a incompatibilidade que eu tive com quem me supervisionava.
Em questão de organização, limpeza, refeitório e adaptação é uma empresa de primeiro mundo que não deixa faltar nada aos seus funcionários.
Diferente da Sofitys antiga Carta Fabril que eu trabalhei pela terceirizada WCA que tinha refrigerante só nos dias festivos a Vitamedic tinha refrigerante da melhor marca a Coca cola como parceria e suco da melhor qualidade disponível a todos sem regular, na Sofitys era até aquele refrigerante mais barato enfim não tomo refrigerante.
A começar por aí, lá na antiga Carta Fabril é peia agente trabalha como escravo mesmo não tem transporte pago pela empresa agente tem que usar o transporte público e gerenciar o próprio horário, não na Vitamedic todo mundo cheirosinho com transporte da própria empresa, enfim qualquer trabalhador da antiga Carta Fabril se sentiria muito bem em questão de conforto na Vitamedic, outro mundo e qualidade pessoal, aliás é até injusto comparar.
São segmentos diferentes em quanto a Carta Fabril é mais simples em produtos de higiene que realmente vão ao lixo, na boa mano pra que tanta frescura com um papel que você vai passar no rabo e depois jogar no lixo?
Essa é uma verdade bem pensada, quando vamos comprar um guardanapo vocês não dão valor na medida do ar certinha que a produção sofre pra deixar no produto nem o ajuste perfeito da embalagem que é analisado pelo controle de qualidade, nós simplesmente pegamos sem olhar, até eu inclusive.
Na Vitamedic não a coisa era mais séria e exigia mais higiene, eram medicamentos que chegariam a casa das pessoas de uma empresa que estava crescendo muito, uma empresa que eu amava por ter como objetivo não contratar muito mas tratar bem ao máximo os poucos que tem.
Franklin um anjo que me protegeu tanto e me deu atenção num mundo tão cruel e frio, meu coordenador de produção que inclusive me ajudou a entrar agora nessa nova empresa a Teuto, pra chegar aqui tinha que ter a indicação de um superior que tivesse trabalhado comigo.
Tudo ficou claro ao Franklin no dia da minha despedida, eu já tinha falado a ele por mensagem no LinkedIn que ia sair e que eu e o Eduardo não nos dávamos bem.
Aqui e nos meus textos durante todo o processo vocês sabem como da minha parte me esforcei para me dar bem com o Eduardo, porém ele foi omisso, e sinceramente frio no que se diz a vontade de também fazer o mesmo a mim.
Nosso contato era péssimo, Eduardo gostava de pessoas que davam retorno afetivo e entretenimento e eu não era o tipo de pessoa que ele esperava, no primeiro dia ele arrumou meu armário e colocou uma barra de ferro dando a entender " um vou te ferrar" e pé atrás desde o dia que sai de lá.
Nem era só isso, eu amava ficar sozinho no processo de produção o problema era que eu ficava completamente cego com a máscara da empresa diferente do Caio eu não tinha facilidade em encaixar meu óculos abaixo da máscara.
O Eduardo desde o primeiro dia ou reunião deixava claro que não iria me apadrinhar, quando eu chegado precisando de um tapa nas costas e nós dois quase charás e ele decide na frente de todos não encarar ficar do meu lado, tipo com medo ou pondo em dúvida o serviço que poderia oferecer a empresa na minha chegada, enfim , eu senti tudo isso e mais um pouco.
Tipo falta de paciência comigo nas minhas dificuldades, e muito tempo e descontração pra bater na bunda do Caio ou ver a dancinha do Antônio que mostrava na sua calça pra todos que trabalhava sem cueca.
Com o tempo admirei o Eduardo por algumas coisas como ser sociável com todo mundo "falso", forte de academia, um narcisista ou borderline até hoje não sei ao certo mas outras características deles ao longo do caminho foram me deixando triste e magoado, tipo porque sei que todas as pessoas tem defeitos mas eu sempre quero trabalhar com alguém que me faça admirar, crescer e me espelhar.
E o caráter dele era um lixo, fora da empresa, e aí já não cabe ao meu julgamento mas pra ele que misturava o pessoal com o emocional parecia que bagunçava um pouco, eu sei que eu não confiava no Eduardo, nossa relação era de amor e por vezes ódio letal, sei que tinha dias que eu tava ignorado na produção agachado na sala da limpeza e o Franklin passava e me via e com humildade pegava na minha mão prestando a atenção a mim que o Eduardo não dava.
Tudo isso, acabou sinceramente no meu último dia da Vitamedic, eu o Eduardo e o Franklin na mesma sala eu saia dando um abraço no Franklin e saindo sem nenhum aperto de mão ao Eduardo só um simplesmente falou entre ambos.
Como eu disse ao Franklin " nos suportávamos."
O Eduardo era um homem de meia idade de academia que queria sempre que as pessoas o visse bem, um narcisista, mas no sigilo me parecia ser aqueles caras fortes que adoram virar uma mulher e cair de boca na berinjela de outros homens e isso eu já era de cara sem esconder a ninguém, um magrelo afeminado e calvo ou seja para o Eduardo eu era uma decadência total.
Sim, todo gay quer um gay melhor que ele, é um mundo de muita vaidade que só quem tá dentro sabe e aí tem tudo , tem os gays normativos que não gostam de afeminados , e outras particularidades que se eu entrar em detalhes vou longe aqui.
Gente, é tão bonita né a bandeira do arco-íris mas só quem tá dentro sabe as divisões que acontecem sinceramente no meio.
Enfim, vou começar segunda feira um novo capítulo na minha vida, eu espero que seja mais duradouro que as outras empresas que passei.
Me dá um medo de não conseguir passar na experiência ou me firmar mas de uma coisa eu sei como todos os lugares que passei mesmo com as minhas deficiências eu tentarei ser o melhor que eu posso e se não dar certo nós sabemos internamente que não foi por falta de tentativa.
Agradecer também a Alice a psicóloga da Teuto que mais uma vez foi fundamental na minha contratação, já era a segunda vez que eu tava sentado lá nas cadeiras da Teuto tentando e ela lembrou de mim e me raptou pra essa vaga que estavam precisando, ela como recrutadora sabia de tudo da minha idade, personalidade, enfim aquela sensibilidade que só psicológo tem de saber que a pessoa precisa de ajuda e que tá tentando.
Eduard vai encarar a maior e melhor empresa da sua vida empresarial mais maduro e experiente.
Se por milagre alguém ler esse meu texto, me dá um sinal pra saber que não estou tão sozinho mas mesmo que ninguém leia, como foi bom escrever isso tudo.
Durante esses dias de espera, eu me machuquei muito eu achei que a empresa ia fazer igual o Mac Donalds e simplesmente me ignorar sem dar resposta e durante os dias eu escrevia cartas para o meu pai ou para a minha mãe de ira de tristeza sobre isso e sobre tudo da minha vida pois tava faltando tudo e eu não podia fazer nada e nem ajudar em nada e quando eu tinha pelo menos um salário mínimo eu tinha um dinheiro pra dar pra minha mãe ajudar na despesa de casa e tinha pra ajudar meu pai na internet, enfim eu me sentia útil a eles.
Isso de voltar a trabalhar me faz bem. E nem é só isso, quero sonhar , jogar na mega sena , comprar minhas coisas, arrumar meus dentes, dar vacina pra Minnie e pra Luna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário