#BRIDGES33

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

segunda-feira, 26 de março de 2018

D. "I´ve Failed You" Part.3

19:13
26/03/2017

Tentando sobreviver a um nível que já passou das minhas possibilidades de suportar ou disfarçar.
O metal mais uma vez se torna o meu consolo aliviando a dor e fazendo contraste com a ferida.
Só uma fileira de computadores camufla esse teatro.
Já não sei mais qual a desculpa de estar estacionado mais uma vez no mesmo lugar.
Em transe parado, sem saber se vou conseguir entrar por horas, tentando criar coragem e pensando se realmente isso é pra mim.
Minha fome já não está mais suportável como antigamente.
O declínio faz isso.
Não poder mas querer, e guardar com você.
E depender só de você mais uma vez o número apagado e a perca de contato.
Eu sempre apago os números para não mandar mensagens e ser forte, mas acho que sempre sobra só da minha tia.
Parece que esse confinamento me fez envelhecer muito sim.

terça-feira, 20 de março de 2018

M.L "I`ve Failed You"

16/03/2018

Nos sonhos, no passado:
Eu não sei mas pode ser que seja também por agora só mais uma fúnebre memória interior.
Me lembro de estar de pé tentando ser o único a se importar por você que como eu não parece ter amigos por aqui.
A casa toda cinza e chapiscada, não existe telhado nessa moradia.
Era um terreno tão úmido e com mofo em todos os lugares, uma única galinha passeava pelo quintal, um vazio que se misturava a casa que faltava portas também.
Você me dizia que estava bem, sem sorrir, só não conseguia ficar parado, enquanto lavava louças que não faziam o menor sentido de serem lavadas, já que filosoficamente aquilo era o nada.
Talvez você esteja se tornando só um crânio mesmo.
Você falhou? Ele falhou? Sua família falhou? Nós falhamos na nossa construção?
Estava tão bom numa viagem ao passado a água escura sem o medo, tocar materiais desconhecidos e tentar relacionar a significados de valor real.

No real, no presente:
Me sentindo mesmo um crânio de rosas decorado na beira da estrada.
Sem saber nem o prazo da validade da beleza dos enfeites para chamar a atenção.
É loucura ficar assim.
A próxima procura pode me encontrar muito velho.
É muito assim, uma eternidade e depois como num susto se aparece com a cara lavada e aquelas bandeiras de anarquia de nada ter mudado, de viver o agora.
Me assusta um pouco, parece falta de consideração numa partilha que envolve riscos.
Lavando as louças no presente, sempre muito machucado e buscando respostas pra essas experiências estranhas do presente, eu me pego pensando em coisas que não compensam e não são legais de expor aqui.
Talvez esse momento um dia seja só uma ossada também, que quero destacar na minha estante como um troféu.

sexta-feira, 2 de março de 2018

SCHMERZ UND DIAGNOSE

02/03/2018
14:53

Foi levando enquanto as rachaduras aumentavam.
O sintoma nele é de probabilidades.
Tudo mais tarde.
Se acostumou tanto com a dor que já nem sente mais a sensação.
As flexões do dia a dia vão lesionando e vai ficando igual aquelas patologias anestesiadas mas estão ali.
A investigação deve continuar.
Ele ainda não encontrou respostas, o idiota que acha que sabe de tudo acha que ele está ali para se encontrar mas já se encontrou faz tempo e vive se encontrando como todos até o fim da vida.
E nenhum dinheiro ou pagamento pode confortar.
Mas, pode aliviar.
O inverno fora de época o abraça com seus braços secos de forma gelado e frágil.
A única intervenção de paz é o seu domínio e o seu próprio corpo sustentar as muletas.
Ele tem vontade de largar tudo e mergulhar em um lago azul bem bonito.
Não tem reforço mais em pedir apoio, a vergonha e as contingências desanimam os seus dias.
Mas está ali como em uma batalha.
Suportando.
Pensa no que mais dói.
Olha os sinais a toda hora que alguma coisa está se mostrando.
Tormento é seu natural interior, um grão de areia nessa imensidão, só mais um de tantos piores ou melhores.
O espaço, as possibilidades e seu consolo na ciência.