#BRIDGES33

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

domingo, 27 de janeiro de 2019

POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA / Parte 6

27/01/2019
8:15am


Os dias passaram muito rápido, ela ficou pensando em muitas coisas, olhava um advogado e um professor tão nojentos, ela conseguia enxergar esses dois de forma tão alva e era ético e elegante da parte dela guardar só para a própria.
Ela gostava da verdade, da sinceridade e infelizmente isso não estava sendo bem vendido no meio social e nem valorizado.
Ela via esses monstros sentarem com poses distraídas perto de pilhas de livros para sair bem na foto mas na verdade não lia nem a metade e não largava seu aparelho instantâneo de mensagens.
Pode ser que todos os livros estejam naquele aparelho mas não ia sair bem ao luxo como uma enorme e velha biblioteca só por status.
Não era o conteúdo real do que você poderia ser mas o que você conseguia vender para agradar.
"Se Deus for o amor para agradar a todo mundo vou colocar para acolher e conquistar."
Ela queria saber quando as pessoas parariam para tentar dar verdadeiras oportunidades a guerreiros sinceros que estão em busca da verdade.
Mesmo que isso custasse a reputação, percebia que todos estenderiam a mão para ficar do lado de uma blogueira de sucesso. O famoso sair bem na foto.
Tudo estava muito triste, parecia cada vez mais vulnerável.
O corpo dela estava se cansando mais rápido e não se curava com facilidade.
Ela saiu num vazio distante, subiu uma enorme estrada a pé para vender seus produtos e voltou.
Lá no bar sozinha um homem que não tinha nenhum dente na boca se ofereceu para pagar uma cerveja e se aproximou dela.
Ela disfarçava pois não queria olhar para o nariz dele que tinha uma cotia leve caindo e oferecia seus produtos e fingia uma atenção igual a todos de vendedora experiente.
Ela sorria pra vender, ela elogiava para vender ela se arrumava no melhor para pagar seu simples boleto.
Esse senhor cheirou o produto e comprou um desodorante em creme dela.
Ficou a tarde inteira lá perto dela e contou muitas coisas.
Ela disse a ele que ia lá de quase de seis em seis meses e ele disse que até lá ele já haveria morrido.
Conseguiu observar muitas coisas lindas ali ligadas a finitude e disse a ele um "você não sabe" pra motivar mais possíveis dias.
Ela não se sentia muito longe dele, do outro lado outro senhor que dormia quase sentado, uma bengala na mão mas segurando a vida com as vistas muito cansadas já.
Os pés desse outro senhor estavam muito inchados, Meio vermelhos, feridos parece, e ela imaginava como aquilo deveria doer a noite mas não perguntou por falta de ética.
Quando ele cochilava outra vez no meio das conversas do bar os mosquitos assentavam nas suas feridas.
Volta e meia os mosquitos também assentavam na lata de cerveja dela que não descia mas tomou todas bem esquentadas.
Do outro lado tinha alguns pais de família.
Voltando a pé um rapaz que não teve a coragem de sentar ao lado dela como aqueles velhos amáveis começou a seguir.
Experiente nos labirintos do bairro despistou ele e pensou que não merecia nenhum contato se no social tem vergonha dela.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Apreciando o ceifar

18:56
07/01/2019

Eu vou equilibrar essa balança.
Está em falta quem pense com realismo nessa parte.
Essa ninhada de ratos não precisa contar com minha idolatria baseada no social de como eu deveria ser ou me comportar porque ai é a escolha do casal e não as normas impostas a mim.
Indiferença, não , neutralidade por um mundo melhor e que tive que compreender com muitos ralados por ai.
É fácil olhar pra mim ou outras por ai e julgar mas se atentar pra você mesmo vai ver umas futilidades ainda piores mas que por sorte nunca foi exposto.
Eu não ordenei tenha um bebê ou vista ele de azul e só faço parte de um conjunto social e tenho o maior prazer de quebrar um tabu de moral enraizado no você tem que ser assim daqui pra frente.
Eu tenho o prazer de não bajular adoecidamente com tantas outras prioridades minhas e dos que já estão a mais tempo.
Tenho prazer de não abrir os braços com educação e mostrar que não estou afim mas torcer pelo sucesso sem deixar isso transparecer em inveja até porque ter algum tipo de acontecimento desse fato na minha vida seria um infortúnio muito grande porque sempre gosto e quero proporcionar o melhor.
Então com minhas mais sinceras condolências baseadas em qualquer resultado de sucesso ou de derrota minha neutralidade desde já.
As pessoas não entendem e estão adoecidas e acham que agente tem que transformar os recém chegados em anjos idolatrados e esse papel fica aos pais porque apesar do meu respeito e da ciência de serem sim mais vulneráveis não vou colocar em templo de devoção de amor exagerado.
Minha personalidade faz outro papel de tratar os que já estão a mais tempo e sei que posso ser muito melhor desse lado, é mais saudável e ficaria feliz se vocês me respeitassem.

domingo, 6 de janeiro de 2019

SEM NOME

"Não sei  o dia e nem a hora e não vou consultar."

Eu não estou triste, só que quero falar algo.
Queria dizer que é um favor alguém denunciar minha conta naquela rede social ridícula da felicidade, afinal se não for nome verdadeiro ela não prevalece mesmo.
E é um favor que me faz, não tenho vontade de colocar meu nome horrível lá e tem mais não tenho vitórias ou viagens lindas pra compartilhar com vocês, o álcool não me faz sorrir mais já tem alguns meses.
Parece que meu corpo acostumou não sei, não sinto aquela emoção de aventura, desmotivei e tava muito perigoso, parei.
Nem todo mundo abraça o mundo inteiro quando sobe pra cabeça, uns até ficam mais agressivos.
Nunca foi nem isso mas as coisas que estavam condicionadas, geralmente por estar mais exposto nesses momentos esses eventos aconteciam a maioria deles.
Não estou com medo de não me conseguir adequar a sociedade e talvez esse sim seja um problema.
Talvez isso nunca se cure, ninguém vai entender claramente isso aqui mesmo.
Descaso me abrace e me leve a algum lugar qualquer porque o compromisso tem leis que não me deixam avançar, eu até tentei.
Estou vivo,.
Não tenho mais nada pra falar além de ficar aqui olhando pra parede.
Não estou com vontade de chorar, estou com ambição de alguma coisa que me motive, que seja diferente. Quero sair de vez parece mas é alienar pensar assim na minha mais cruel realidade.


POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA / Parte 5

07/01/2019
12:00pm


Lá fora tinha um mundo em andamento e ela sabia disso.
Parecia que o tempo soltava um perfume natural e um clima gostoso de arrepiar que era de um tom nem quente e nem frio mas surpreendente. 
A amizade com o casal continuava, tinha conseguido um curso gratuito de artes cênicas no Sesc da sua cidade e ia de carona com os próprios.
Seu corpo havia mudado, ganhado peso.
No banco de trás do carro do casal ao colocar o sinto por causa do excesso de água com refrigerante sentia o balangar do líquido e tinha a impressão que com uma batida aquela barriga saliente iria lançar aquele líquido pra tudo que é parte.
O movimento já estava se normalizando, só a banca de carteiras de couro do seu Baltazar que pareciam não sair do lugar.
Enquanto a outra descia do carro para buscar algo para ele, ela ficava a sós com ele no carro.
Ele se virava para trás a olhava e fazia sempre alguma brincadeira um chiste ou puxava uma conversa.
Aquilo completava ela enrubescia sem sentido sua face de falta de contato social, existia prazer natural, uma coisa meio sádica dele de vontade de apertar aquele monstro social e do lado dela de ser apertada e ser violada com veracidade e amor.
Depois com os três no carro, tudo se normalizava e ficava aquela loucura no interior dela.
Vontade de alongar aquele momento, aquele mistério de quem vai ter a ousadia de quebrar regras de algo perigoso que de tão bonito e natural não merecia o fato.
Quando voltava para casa andava um pouco e era sempre um pouco sombrio e triste, um pouco silencioso. Tinha um pessoal em uma quadra que parecia estar sendo manipulado por uma causa comprada e nem eles próprios se tocavam, eles esticavam faixas, mas ela seguiu pra casa sem dar muita atenção.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA /Parte 4

03/01/2019

Neste momento me recordo do retiro.
Parecia um bando de corvos buscando uma fuga de um mundo quase Niilista e isso nos unia um pouco.
Porque existia lá também além dos descrentes de fé os bruxos exageradamente contrários a Deus e talvez acredito eu até por revolta ou defesa.
Alguns foram torturados e se escondiam muito por causa da sua fé incompreendida ou sem respeito, ou talvez a usavam como defesa pra se mostrarem fortes e protegidos.
E algumas vezes funcionava, as pessoas tinham medo ou excluíam.
A maioria era camiseta preta de vez em quando você via uma blusinha vermelha comunista que agente entendia ou um branco incompreendido tentando ser neutro o impossível ali naquele pessoal carente de verdade e sede de esperança pessoal.
Os grupos eram dispersos sem sorrisos um para com os outros, bem matilha mesmo.
Ela ficava mais sozinha e por sentimento inexplicável ficou amiga de uma casal.
Eram os únicos que trocavam conversa com ela, acho que a outra menina tinha pena da desgraça ambulante e pensava o que meu namorado vai querer com essa tragédia.
Mas no fundo nem ele entenderia o próprio futuro das sombras ele estava se descobrindo todos os dias como seu terapeuta pessoal falava.
Ela não se importavam das outras pessoas cochicharem que ela era a vela do casal, se sentia um pouco amada e acolhida.
O interessante é que os três tinham quase a mesma idade.
Existia uma bolha imensa de espuma como se fosse um colchão de espuma que parecia uma montanha oval que não se ajeitava perfeitamente no circular.
Os jovens gostavam de subir lá e ficar olhando o pôr do sol, ou abraçarem as namoradas ou fumarem uma erva que tranquilizava eles e que deixava pessoalmente ela mais depressiva sempre e muito mal, enquanto eles ficavam zen ela se inundava de conflitos terríveis dentro de sim.
Com essa erva se sentia mais fechada ainda um bicho do mato, tinha vergonha até das suas pernas.
No seu caminho percebeu que as coisas que agitavam ou eram energéticas como álcool e outros a deixavam melhor não sabia se era porque era fria mas aquela erva da moda só a deprimia mais e muitas vezes ela fumava pra fazer parte de algo, enturmar. Mas, não gostava. 
Sentada na bolha oval e olhando para o horizonte durante longo tempo o casal se aproximou com a erva e ela fumava tentando interagir na conversa sem graça de dizer um não.
Por dentro pensava que não sábia quanto tempo eles iriam suportá-la. Era fria de papo e conversa e não era divertida como os jovens gostavam mas era esse comportamento retraído que poderia ser a aliança inexplicável entre aqueles três.
Quando estava sozinha sentia a garganta dando um nó e a boca muito quente quase fervendo de tanto tempo fechada.