#BRIDGES33

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

terça-feira, 30 de outubro de 2018

POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA /Parte 2

30/10/2018
17:37

Ela estava um pouco ansiosa, queria que o resultado daquela democracia fosse melhor.
Que realmente as pessoas escolhessem o suposto amor aos menos favorecidos.
Mas o resultado abraçou a estatística e pesquisas dos telejornais que ela acompanhava.
Um engasgado e garganta seca parecia lhe sintomar enquanto o povo parecia comemorar uma conquista moral tradicional a família que não fazia parte dela.
Ela estava como os cachorros em fogos de artifício, incomodada e angustiada.
Nos países socialistas que ela admirava sua opinião parecia combinar muito mais uma vez.
Era triste ver o povo como uma cambada de irracionais movidos por uma emoção fútil e verde e amarela.
Apatia, no seu quarto lia um escrito de uma escritora nordestina que evidenciava como projetos voltados a população mais carente consolava um pouco e ela conseguia observar até na área da saúde pela quantidade rápida de vezes que a personagem em narração contava das suas seguidas gestações.
Segurava uma caixa de pastilhas com medo de acabar e sabendo que aquela sensação de desespero iria voltar ao ver mais uma tentativa voltar a falta de solução.
Dormia, acordava, jogava, lia e dormia.
Escutava eles indo e vindo e estava desmotivada de tentar bater na porta de mais um deslumbrado e procrastinado cidadão daquele vilarejo.
Ela não estava satisfeita com a atuação das bruxas que se encaixavam nas normas e padrões e eram aceitas.
Queria lutar pelas que eram como ela, que saiam por ai com seus pentagramas evocando assim só mais uma diversidade de crença.
Infelizmente como nos seus livros de história a religião dominadora se mascarava do bem e se encorpava mais uma vez ditando sorrateiramente as regras de uma moral decente.
Parecia estar a frente do seu tempo, e ia mais uma vez tentando seguir em frente.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA

23/10/2018
9 am



Ela caminhava tão vazia de tudo e quase anestesiada de um social.
Na sacola havia comprado alguma coisa mais básica para o cotidiano e parecia um creme dental.
O coração parecia não se machucar mais, já tinha acostumado.
Ás vezes sozinha ela se perguntava da única pessoa que havia lhe perguntado o que era o amor para ela mesma.
A questão de uma pessoa se interessar pelas reações dela sem pensar no seu prazer ou gozo individual parecia muito surpreso e admirável para ela.
Ela carregava nos sangue a falta de respostas, mas o pessimismo e sombrio de um povo distante a abraçava tanto e se encaixava como um quebra cabeças mesmo que fosse na literatura.
As pessoas estavam eufóricas e parecia dias de copa do mundo.
As crianças que dormiam mais cedo corriam sem regras para dormir e batiam na costas dela tentando a animar a partilhar da fogueira ou músicas populares ligadas a sexo ou romances sem nenhum fundamento inteligente.
Continuava subindo nas ruas vazias de sempre, antigos amigos pareciam tentar se encontrar depois de tantas voltas.
A vida tinha sacudido e aquele momento parecia fazer todo mundo ficar mais sensível e relembrar com quem já se esteve.
Ela estava ciente que algo estava mudando no seu corpo e que novamente não tinha respostas.
Ao chegar em casa os outros pareciam estar em outras reuniões.
O Jornal local enfatizava uma breve notícia de que o Palmeiras talvez conseguisse em algumas rodadas um time de campeões.
No intervalo seu padrasto que a tempos não falava com ela comentava, ela respondia e pra sua surpresa recebia um feedback inesperado e disfarçado.
Depois chega um parente que estava adoecido e levou um tombo inesperado, se vestia de forma elegante como se não esperasse aquela situação desagradável.
Chega nos braços de outro por ajuda.
Ela questiona e sente o coração se apertar mas segue em frente.
Sim, segue em frente.

domingo, 14 de outubro de 2018

DESLUMBRADOS

13:24
14/10/2018


Talvez, seja isso e é muito triste o que está acontecendo.
O povo viu mais uma vez a esperança de um herói nascer mesclado as cores do Brasil e fazendo uma candidatura dentre todas a mais louca quase eleita.
A paixão doentia do futebol do nosso país de esquecer os defeitos do time parecem se condicionar claramente nesse presente.
Vulnerável, seria a palavra correta para o muito mais de ampliação de cores que a nossa bandeira pode ser.
Mas, existe um conservadorismo patrial uma vontade das crianças serem como sempre foi que não pode acontecer.
Tudo muda e isso só vai desequilibrar mais, rebelar.
A igreja evangélica nacional está de mãos dadas com essa posição e claramente é politicamente favorável a ela até no social essa candidatura se confirmar.
A cabeça deles não saem de dentro da Bíblia e desse Deus que não existe, não conseguem ver outra Lua sendo descoberta.
Parece uma doença de não aceitar as outras possibilidades.
Nos luxuosos templos de fé eles estão indo para o senado e governos de mãos dadas com alguns conservadores militares e como isso tem aumentado.
Sim, vocês estão deslumbrados, particularmente prefiro a expressão de liberdade do que conter pela moral e exemplo porque nesses agente não sai do lugar e só segue o que já existiu.
Eu queria, um milagre, um NÃO de verdade de muitos que infelizmente não vai acontecer.
A estatística não mente e as probabilidades são claras, não consigo achar outra palavra melhor para o atual eleitor brasileiro.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

LACUNA E DESGRAÇA

08/10/2018





O demônio das mãos fechadas é tão sínico.
Pra ele tanto faz me acomodar ali no canto como uma Maria Mulambo sem esperança.
Na mão fechada segue suas relações e depois só vai colocar um aqui jaz sobre a minha lápide.
Eu estou adoecendo, o oculto e as angustias estão se tornando marcas notáveis.
Não quero me curar, a doença é resposta da falta de respostas.
Os olhares dos outros é frescura mas, como uma ferida isso meche comigo de forma inexplicável e lateja quando vejo esse cinismo.
No desespero de tentar evidenciar ou mostrar que a falta de sinceridade faz mal o do lado vira as costas enquanto o outro cruza os braços tentando fugir mais uma vez.
Esse conflito é tão forte que um bebê é quase um filme de terror.
Te deram o máximo mas quando você sabe que não foi o bastante e agora encara que é ou entrega os pontos ou tenta se dar patologicamente.
Ser uma safada e arreganhar umas pernas pra superpopular com moral e bancos da igreja não faz parte da minha índole. 
Ser pai devendo pensão, muito menos. Eu não consigo me dar nem minha dignidade e nem direitos tenho conseguido.
Tudo muito difícil.
Eu queria saber se alguma vez ele me encontrou perdida por ai, embriagada, desemparada e sem dignidade.
Eu queria saber se ele não tem pena da tragédia ambulante e vergonhosa que ele ajudou a formar.
O demônio das mãos fechadas vai morrer, e nenhuma lágrima caíra da minha face, talvez a culpa 
de oferecer a maçã nem seja dele só cumpriu um papel social.
Seja só falta de sorte mais uma vez, mas pessoalmente não sinto muito porque isso vai atrofiando e virando caroços um câncer.
O semear é livre mas as consequências não.
Pra todo mundo é tão fútil e tão teen mas pra mim é tão importante que trocaria minha vida por essa Lacuna.