Que ao invés de procurar nos outros o homem que eu gostaria, eu estou me tornando o homem que eu gostaria de ser para mim mesmo.
As pessoas reclamam que a cidade está suja mad todo mundo joga o papel do salgado que comeu no chão inclusive quem reclama.
Contraditório né?
Eduard como é o homem que você gostaria que fosse o seu parceiro?
É quase impossível um outro homem suportar minhas antipatias, meu mau hálito minha falta de sensibilidade de perceber quando estou fedendo.
O homem que eu gostaria como parceiro mudou muito conforme o tempo.
Hoje ele teria que ser honesto, preocupado com a natureza e os animais, gostar de projetos sustentáveis e reciclagem.
Gostar de plantas e da natureza, acreditar nos desacreditados, ser aquele tipo de pessoa que acredita na baratinha mais feia que ninguém acredita acho que posso dizer que isso se chama coragem e empatia com o próximo.
Ele tem que ser verdadeiro e muito sincero.
Enfim, é tudo o que venho tentando ser e como todo humano erro muito as vezes pra mais e as vezes pra menos.
Acredito que ai está o sentido da minha vida me tornar cada dia uma pessoa melhor para todos ao meu redor.
Já faz um tempo que deixei de me importar com o que as pessoas acham de mim porque isso era uma coisa que me machucava muito.
Porque eu nunca agradava as pessoas, e independente disso cada pessoa só vai enxergar cada situação como lhe convém.
Eu já procurei alcumas vezes aqui o texto do dia que sai da loja que eu trabalhava.
A experiência daquele ano foi riquíssima, eu precisava de trabalhar o comércio vivia a pandemia e a gerente me deu a oportunidade de ser um dos funcionários dela porque eu não fazia o padrão mesmo, seria até considerado velho.
Era Dudu até pregado no meu armário no maior respeito como eu gostaria de ser chamado.
Depois que eu trabalhei lá de tanto conferir códigos de barras com produtos e preços de vez em quando tô no mercado e me pego sem querer conferindo se o código de barra é o mesmo número do produto em oferta.
Voltando nessa parte de agradar as pessoas sempre senti isso, de não agradar as pessoas seja em porte físico, jeito,sistema empresarial, o patinho feio mesmo em todas as situações sociais.
Então lá eu vivi isso mais ainda, eu via meu último supervisor chamando e saindo com quase todos os rapazes novos e bonitos da loja, eles organizando festas, pesk pague disfarçados mas que agente sacava sabe?
Eu, sentia vontade de ser chamado ou convidado mas , eu era a baratinha, o patinho feio a pessoa que todos tinham vergonha de deixar na sua mesa.
A carência era tão grande que as vezes quando uma pessoa me tratava bem eu achava que estava gostando ou estava apaixonado porque a pessoa me fazia me sentir bem me tratando muito bem.
Mas quando eu voltava pra casa era aquela solidão e eu ficava mais triste ainda quando eu descobria as desigualdades que estavam acontecendo fora da equipe.
Me machucava o meu supervisor não ter um comportamento ético de igualdade e dar essa liberdade para os outros rapazes, e depois a falta de respeito era claro em brincadeiras que eu já não conseguia mais suportar como batidas na bunda do estoquista no supervisor.
E eles sabiam que eu não falava nada que eu era uma planta e não tinham respeito ou se importavam pelo que eu sentia por dentro sendo que todos estávamos numa relação de respeito empresarial.
Dias após, esse supervisor estava casado com um dos auxiliares que trabalhou comigo na época e havia sido demitido por causa desses mesmos comportamentos, eu conversei com a Auana a única sobrevivente que tá lá da época que trabalhei lá.
Aonde estou o momento e relações são diferentes, eu cheguei num ambiente aonde já estão acostumados com outro ritmo, eu tive que adaptar muita coisa.
Na manipulação, secagem aonde estou, é um ambiente totalmente masculino.
Eles tem aquelas brincadeiras de chutar, bater, tapas na bunda de alguns que dão permissão.
Tipo o Gabriel dá um tapa bem forte na bunda do Raick que faz aquele gemido histérico de gay no pornô, Denisson também tem essas brincadeiras com o Raick, eu pensei : "Essas brincadeiras jamais vou aceitar comigo, um rapaz chegar lá e bater na minha bunda vai ser muita intimidade que eu ainda não ofereci a ninguém ali." Mas sabe, é ritmo deles ali.
Inclusive o Eduardo tem umas brincadeiras e descontraçoes que ele gosta e que eu não curto.
Justamente porque eu tenho dificuldades de entender a dosagem e de quando tá pra verdade ou não.
Eu particularmente acredito que toda brincadeira tem um pingo de verdade.
Se estamos num ambiente masculino e outro homem se esfrega muito em brincadeiras com outro não acho impossível uma relação homoafetiva.
O que eu tenho contra isso? Nada.
Aliás eu sou, o problema é o local , a disciplina a ética e o respeito não só comigo mas com todos os colegas da empresa.
Ali fazer arte dá demais viu, a empresa é inteligente e está mudando todo o ambiente, em cada estufa vai ter câmeras monitorando, isso significa que exageros comportamentais ou perda de produto exagerado na produção serão muito mais bem analisados e isso me deixa feliz porque apesar da gente poder errar menos o ambiente vai ficar mais justo.
Eu jamais vou deixar qualquer rapaz bater a mão na minha bunda, seja inteligente se quiser algo mais, chame para um jantar fora da empresa, seja educado.
Esses dias eu estava lá na reunião e o Sidney deu um tapa forte no meu braço de brincadeira, eu fechei a cara sai de perto dele e falei não faz isso.
E é assim , vocês tem que podar , castrar comportamentos errados porque se não eles voltam a repetir com maior frequência.
O Eduardo tem um jeito muito diferente do meu , ele é coração, família e tem medo de ficar sozinho.
Ele anda com outro rapaz o Caio que parece ser o chaveirinho dele, um rapaz gordinho sem conteúdo e muito mas muito brincalhão do jeito que o Eduardo parece gostar.
Então, numa empresa muito grande você tem que entender que tem que relevar muita coisa, fingir que não se importa com muita coisa, tem que ser muito profissional e parar de se comparar porque se não você adoece emocionalmente.
Tem que trabalhar se amando muito, sabendo que não é fácil que você precisa e que você vai ter que encarar todo tipo de personalidades: honestas, sinceras, falsos, oportunistas, manipuladores, de tudo um pouco.
Qualquer serviço que você for encarar igual eu falei pro João Vitor vai ter suas dificuldades.
Mas , gente de todas as empresas que eu passei até hoje em questão de organização. De infra estrutura e de investimento essa foi a melhor até hoje.
As estufas coisa de primeiro mundo, laboratório muito bom em vista das outras indústrias farmacêuticas que trabalhei.
A empresa tá crescendo demais.