28.06.2017
Até seu olhar de interesse de recolher as moedas no próximo
ciclo e eu não sei se a pele se sustentará ao osso.
Até o dia despertar vou tentando lidar com as velas e
atender ao vale de ossadas ambulantes.
Na mais profunda escuridão o apoio financeiro desapareceu já
que não existe marketing profissional condicionado.
Tudo rápido e a segurança das células que protegem também e
é indefinido saber até onde vai.
Não há como medir e nem saber se existe mesmo essa tal imunidade
para essa crença de imortalidade nesse assunto.
As suas cortinas tão fechadas pro seu prazer.
Sem egoísmo, apodrecemos sós mais um pouco.
O osso só chega mais perto da terra da realidade.
Os buracos negros de todos nos olhos olham pra mim.
Eu carrego um líquido vermelho nas mãos que não sustenta na
garganta de ninguém devido a existência só de ossos.
Não consigo mais chorar.
O que fico é olhando a ciência e clamando pelas pesquisas e
pelos nossas futuras sementes que vão receber o nosso legado de estudos.
No espelho o espaço que guardava meu globo ocular também
está tão negro e vazio.
Cada vez mais vulnerável eu vou tentando espalhar o líquido
vermelho para os meus semelhantes cheios de apatia e fotos cinza no Instagram.
O sofrimento é um companheiro e a dor nos mostra que ainda
estamos sentindo as reações do corpo.