SENHORA DAS CHAMAS E UMA POLÍTICA CATOLICA
16h15min
28.04.2017
Todos os dias ele me esperava naquela esquina com sua
bicicleta quase enferrujada.
Suas mãos com graxa negra se camuflava e uma aliança se
contrastava mesmo assim todos os momentos.
O perfume masculino de odor era forte, o instinto caçador e
a posse.
As pessoas os movimentos não influenciavam a vontade da
doentia pulsão proibida.
Os carros iam e viam e ele me esperava pontualmente de forma
obsessiva.
Num sobrado abandonado uma escola quase antiga onde alguns
moradores de rua e usuários de drogas se refugiavam ele se entregava a um risco
de morte e perigo que como senhora das chamas não consigo controlar a ampliação
do avanço do fogo.
Por horas me parecia um guerreiro que caçava sua melhor caça
pra levar para casa e guardar muitos segredos como os homens, mas depois me
parecia um deslumbre inconsciente que se refugiava na chegada da casa de sua
família.
A culpa virou em mim um motivo de sentir viva.
Não era um delírio a senhora das chamas sabia outra pessoa
estava vivendo isso e eles dialogavam essa percepção.
No seu refúgio ao descer aquela avenida cheia de carros ,a
boca muito seca faltava água e a salvação foi uma igreja.
No meu desespero por
necessidades fisiológicas apelei a uma igreja.
A frente em construção e nem chapiscada estava e muitos
tijolos pelo chão.
Mas por dentro estava politicamente correta os santos, o
templo e a decoração interna mas era interessante observar que o templo era
largo mas todo o resto apertado e desorganizado como se estivesse em processo.
Peguei o copo descartável com tanta sede e água nunca
parecia tão azul.
Bebi quando terminei se aproximavam três pessoas um zelador
que parecia quase um coroinha que cresceu ali, uma moça que me explicava a
política desse copo de água e tentava achar dentro as miniaturas de leão uma
que estivesse mais bem impresso pra que eu pudesse me apegar em devoção e outra
pessoa que não fazia nada mas eu sabia que estava ali parecia um fantasma.
Mas sim eu sabia existiam três, abaixo do filtro tinha um
regulamento de hábitos e me lembro só de pedir uma alimentação mais vegana de
forma equilibrada.
Aquele copo me deu vontade de ir ao banheiro rapidamente e
aquele coroinha antigo, vou chamar assim me acompanhava para me levar ao lugar.
Conversávamos eu reparava as repartições e muita bagunça,
lugares escuros e materiais de construção e diferente do templo tudo muito
apertado.
E mais uma vez incendiei perto de um templo e a água não
conseguiu conter , ele me procurou com tanta sede mas ciente das minhas chamas.
A culpa mais uma vez virou uma maneira de me sentir viva.