07:00am
20.09.2017
Estava lendo A paixão segundo G.H de Clarice Lispector e por
muitas vezes me envolvi na mistura do livro como se fosse a minha pessoa na
minha existência o nada se encontrando em fenômeno com a existência do existir.
Quando penso em paixão eu me lembro de um professor de
Psicopatologia que tive ele dizia paixão de patos ou patus não sei como
escreve, mas ligado a patologia =doença.
E o mais interessante é que em minha opinião não poderia
haver outra pessoa pra deixar esse lado tão claro pra mim como ele fez, longe
de mim julgar mas ele parecia enrustido e muito adoecido mas ciente de que
precisava sobreviver com suas certezas.
Tratava todos, mas não conseguia enxergar em si próprio que
já estava tão adoecido nas suas relações, e foi uma construção social de tempos
que não podemos jogar unicamente a um único a responsabilidade.
E agora estou vendo um retrocesso com essa liminar, por mais
que um profissional estude as variáveis que possa chegar a beira da não
normalidade como medir e determinar a quem e a que sexo amar?
Eu estou muito doente de amor pelo proibido e nenhum
profissional ou categoria vai conseguir tirar tantos anos de luta e silêncio
dolorido guardado dentro de mim e de nós.
Pareço estar em lugar errado porque com amor e por viver no
mar sei presencialmente como é apesar de todas as medidas que vocês tem
estudado para calcular.
Sem querer tento ser um gelo e não me entregar a loucura de
responder o olhar que acontece no meio dos compromissos.
Parece um emaranhado de linhas me rodeando e estou me
envolvendo tanto e mesmo que socialmente eu não seja nada a experiência de
enxergar um vale de ossos secos e tudo o que eles podem fazer com isso é
fantástico e tem de tudo quem vende ossos e inventa a procedência com um
diploma caro na parede e nem se envolveu muito, como quem nem chegou ao final
devido as probabilidades do viver.
Enfim, é fantástica essa marca chamada ossos.
Arqueologia sim vocês tem provas concretas.