#BRIDGES33

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

POSSIBILIDADE E COLHEITA GÓTICA/ Parte 7

Mais um dia chegou e ela andava por ai sobrevivendo a um descaso muito grande.
Jurava para si mesma que não se curvaria a derrota de não encontrar uma saída para ser mais uma marcada pelo insucesso e frustração.
Os atos, tanto humanos no social como também familiares iam deixando as palmas das mãos dela muito geladas.
Ela quase não tinha pena dos mendigos ou doentes terminais. Não conseguia se enlouquecer pelas crianças birrentas e nojentas que faziam as populações e familiares se ajoelharem.
Estava preocupada em si, num possível futuro em tentar se manter ou achar soluções para esse bonde pegando fogo que parecia se aproximar cada vez mais.
Parecia naqueles dias que se pisava em ovos, inconstante, uma ponte com neblina que camuflava a possibilidade de ter um final no meio desse caminho frágil.
Algumas vezes no ônibus uma canção interior fazia a voz dela se encontrar com outras bem expressadas e perdidas pelo mundo num inconsciente expressar coletivo e incompreendido de desespero.
O encontro das vozes que pessoalmente ela sentia era harmonioso fazendo seu olho que estava escondido do lado da janela do ônibus lacrimejar.
No caminho muitas reformas, terra, lama, um lago estava todo destruído e ela não sabia se aquela pessoa que tentava apagar com um objeto que derrete metal,um laser que derrete marcas, uma espécie de etiqueta de um objeto de metal que estava no próprio lago poderia representar alguma comunidade.
Parecia que ele ia apagar, concertar e colocar de volta no lago mas, realmente aquele lago nunca mais seria o mesmo, estava morto já.
Alguns ajudantes ficavam com a metade do corpo para fora como se tivessem certa pressa de devolver o objeto para o lago.