UM MERCENÁRIO

24/01/2018

1:06

Quarta-feira

Estou aqui no meu quarto de paredes chapiscadas sem saber o que vai acontecer, mas tentando promover pelo menos situações que causem possibilidades.

Tenho um quadro que virou um mural aonde prego boletos pra pagar dos produtos ou da faculdade, geralmente sempre deixo o mais recente que foi pago ele promove em mim uma consequência de alívio e prazer.

De mesmo acorrentado e respirando abaixo dessa água socialmente figurada, consegui lutar.

Acima tem um cofre que não tem nenhuma moeda, um incensário que há tempos não vê incenso e um sapo de pelúcia.

No meu criado ao lado da cama os livros que estou lendo e produtos para revender de duas marcas que tem acreditado em mim, o lucro é tão pouco mas me faz tão bem.

Confesso, que se não fosse minha tia Fany e alguns familiares talvez eu nem vendesse nada.

Quando dou uma volta as vezes consigo vender os mais baratos com insistência.

Agorinha vou molhar a testas, pentear certeiro os fios para trás e vou as cinco horas em busca de uma verdade ou ajuda, estou criando uma quaresma pessoal, não que eu acredite, mas só vai me fazer bem. 

UM TIJOLO NO CÉU

14/01/2018
12:53

As mãos transpirando e a desculpa de sempre dar um jeitinho de ultima hora.
A procrastinação enraizada da nossa sociedade construída ao longo do tempo ainda mais forte aqui no Brazil.
Sim, com z mesmo, como a Cristiany da terapia cognitivo comportamental fala é uma crença tão forte que vai se solidificando ao longo do tempo na vida da pessoa que é impossível tentar fazer enxergar que pode ser de outra forma e que essa esperança de não aceitar um fim é tão simples como um buraco negro tão realista de vazio de um nada.
Uma crença central enraizada no positivismo.
É tão claro a probabilidade mas asas sonhadoras não conseguem fazer o indivíduo olhar o buraco tão grande que se vai tropeçar de tanto olhar para o lindo céu que de tão distante não consegue se tocar.
Os pés estão no chão, sujos, sem sapatos e com um número menor do que a forma.
E mesmo assim não se olha.
Nem no meio se vem carro, um caos, a vista está alienada nas promessas, leis e regras do divino.
Muito triste o angulo mas real.
Uma padaria daria muito certo mas a esperança de ser um mais só por status é maior.
A embalagem o motiva mais que as medidas e preço para manter o seu produto de visibilidade social.
Como espectadores assistimos o tombo, é bem claro, em cinco anos só dois seguem e em dez só um é provável de seguir.
Nós temos medo desse tipo de pessoa no poder.
Quem saiu todo destruído de tanto conflitos não chegou mas quem soube ser oportunista e pagar as ausências sim.
O mercado seleciona mas o capital e apoio também. 
É até um pouco injusto mas na nossa sociedade consigo ver que até quem tenta ser o certo chegou a algum lugar numa colmeia camuflada de impunidades.

ANDROGENIA E ACEITAÇÃO

10/01/2018
11:00

Pessoalmente, eu estou muito feliz com alguns avanços como o refrigerante mais bebido e a maior tv aberta começarem a dar espaço para a realidade dessa classe, os que não se definem como ele ou ela mas um também.
Ver coisas não só ligadas ao humor mas pras dificuldades e espaço que realmente essa parte que muitos escondem precisam ter.
Como sempre acontece uma queda de braço bem clara do lado mais conservador , bem levantada e conseguimos ver como o poder camuflado é manipulável.
Vários processos do Renan Calheiros parecem não andar enquanto de uma hora para outra assuntos como esse ou um olhar conservador para o aborto feminino tomam um rumo com força claramente visando uma visão política de manter alienado e não dar espaço para as novas possibilidades.
Somos muito mais do que o divino Deus quer, a ciência é nossa esperança pra todas as anomalias que não agradam o interior e que se refletem no exterior.
Ninguém é obrigado, nem mulheres ter filhos pela moral religiosa independente de que nível a gravidez esteja.
Como o Júnior me falava enquanto tomávamos cerveja que daqui uns prováveis cem anos isso esteja melhor, e tomara mesmo. 

CRISES EXISTENCIAIS E CHAMAS

4:55
8/01/2018

As vezes o isolamento pode ser considerado não só amor próprio mas um respeito em totalidade pela sociedade.
Apesar de tudo que já foi incendiado, e ainda está a se queimar .
Um bonde pegando fogo, que queima por combustão e consumo.
Estou ouvindo um álbum Ashes do Tristania a capa e o encarte realmente realmente são as chamas em atividade.
Reservando em proteção a chama como uma lamparina, o que pode ser o amor de verdade?
Incendiar tudo e ir vivendo sem limites até alguém poder intervir ou entrar nas chamas com você?
Se trancar e pensar claramente com o cuidado tendo a ciência do perigo social que se pode ser, é o melhor.
Aquela placa de perigo altamente inflamável ou evite passar perto de álcool ou coisas que alimentam chamas faz muito mais sentido.
O alívio imediato não compensa a construção futura desse ser selvagem indomável que não é único e muitos outros podem ter.   
Quando as chamas se arrastam velozmente e derrepente se está aonde não se sabe e não conhece o rosto mas está consumindo como se outra propriedade interior segura e cruel realmente tomasse posse do domínio.