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"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

terça-feira, 7 de julho de 2020

FOLHAS SECAS DE OUTONO / Capítulo 1

Era outono, Eva Gomes se preparava para ir para mais um dia de trabalho, no seu pequeno apartamento pequeno e solitário,ainda restavam algumas cervejas sem álcool da madrugada passada pelo meio da sala ao lado de alguns cds da banda de metal Iron Maiden. Sua coleção de discos de metal estavam espalhados por toda a sala do lado de uma caixa de papelão empoeirada. A televisão estava ligada de forma que tinha sido esquecida por ali,Eva estava um pouco atrasada e estava se preparando apressadamente. Lá fora estava um clima fechado porém sereno, passava um vento frio hora por outra para arrepiar a espinha e muitas mas bastante folhas secas de árvores caídas pelo caminho. Ao chegar quase tropeçando em sua cabine de telermarkting,sem tempo para comprimentar ninguém Eva começa a fazer seus atendimentos e divulgações pelo telefone. Não tinha dado tempo de fazer seu famoso ritual de alongamento vocal,naquele clima seco porém frio sua garganta estava tão seca que precisava de uma água ali urgentemente,e depois do primeiro desagradável atendimento foi em busca de uma água para sua cabine. As cabines da empresa Fox Telecomunicações eram bem separadas e se fechavam para uma acústica sem interferência externa. A cabine de Eva era a 3,sua vizinha e colega Jessica ficava na 2 enquanto Julie ficava na 4,sempre se espiavam ou cochichavam quando dava algum tempo. Quando Eva se esquecia preenchendo um relatório ou planilha Julie batia no vidro a lembrando que faltava dez para a pausa no refeitório. Na hora do almoço,Eva e Julie caminhavam pelo refeitório escolhendo alimentos. Julie patecia tão esfomiada que parecia querer colocar um pouco de tudo que tinha no seu prato que já estava sem espaço. Eva selecionou com cuidado alguns alimentos, muitos legumes e um pouco de arroz. Ao se sentarem numa mesa que ficava frente a uma porta de vidro que mostrava a ventania de fora misturada com um chuvisco bem leve Julie disse: -Nossa Eva, você não vai comer nada? Está comendo como passarinho. -Sim,é que estou mudando minha alimentação amiga,se não fossem os ovos que uso para fazer omeletes já estaria uma vegana. -Percebi mesmo que você perdeu alguns kilos nos últimos meses. -Julie amiga,preciso ser sincera com você. Estou sentindo sensações estranhas no meu corpo,aacho que preciso fazer uma bateria de ebanda,. Depois de um dia exaustivo de trabalho, Eva voltava para casa sentindo a garganta arranhada achava devido ao esforço da sua voz. O entardecer estava laranjado com aquele vento gelado de arder a espinha. Eva ao chegar em casa tirou suas botas confortáveis para caminhada e começou a organizar um pouco a bagunça, parecia ter algo agarrando a sua garganta e incomodada mesmo naquele clima estranho tirou o cachecol negro do pescoço e o conjunto igualmente escuro que usava. Precisava se sentir sem nada a agarrando, continuou a faxina com peças leves igualmente negras que usava por baixo e os cabelos totalmente soltos mas mesmo assim a sensação de bolo na garganta não saia. Um pouco exausta , sentou no sofá quase deitada e olhou com distração um clipe da banda Type O Negative que passava em um canal que tinha um formato d clipes musicais eternos. Depois escutando um álbum da mesma banda,parou um pouco e olhou a janela de seu quarto.Chovia de maneira leve. Tomou um banho bem demorado aonde deixava a água rolar sem ter medo de se preocupar, sentou no solo do banheiro, e chorou. Suas lágrimas se misturaram a água do chuveiro, sua televisão tocava Love you to death do Type O Negative, Eva cantava sem se mover no solo do banheiro era muito fã dessa banda. Ao terminar o banho vestiu uma camiseta confortável vermelha bem folgada e colocou em um jornalístico canal, se olhando no espelho penteava seu longo cabelo castanho escuro, quase negro. Eva ficou assustada com o tanto de cabelos que estava saindo nos dentes do pente. Depois de fazer um cha de camomila e beber adormeceu no sofa com a mao no pescoço depois de um longo momento de reflexao. Eva sonhava : Um lugar nao muito diferente do presente se materializava no seu sonho, parecia um ambiente de outono, seco com folhas pelo chao. As folhas se soltavam como um contador de areia, lentamente. Eva, sentiu no sonho sua boca seca e labios trincados, ela olhou para os pes e viu que estava descalça. Começou a explorar o ambiente, era um sonho preto e branco mas seu vestido era de um vermelho muito vivo e era a unica coisa que possuia cor no sonho o resto parecia um conjunto de cinzas. Andando lentamente viu que a arvore nao parava de soltar lentamente folhas secas o chao estava cheio destas. Havia poucas folhas restantes no galho ja. Eva pegou uma antes de cair no chao. Quando segurou a folhanas maos escutou um grito e se virou para tras. ha cerca de dez passos a sua frente em meio a muitas folhas secas havia uma garota deveria ter cinco anos no maximo, Eva nao conseguia ver inocencia de uma criança nela. A criança olhava para Eva com um olhar malicioso e uma boca de meio sorriso como se soubesse o roteiro daquela situaçao. Eva acordou assustada no sofa, estava com a testa umida e batimentos acelerados. Acordou sentindo um pouco de falta de are ficou sentada um pouco pensando de forma reflexiva no sonho que teve.

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