#BRIDGES33

"Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos." Napoleão Bonaparte

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

06:23
25/01/2017
Um horizonte alemão “Quase cinza” Parte 5
O que eu posso fazer ?
Mergulhar nesse lago quase cinza e tentar limpar as pedras com a visão tão embaçada.
Ali onde os meus crânios estão e cada vez se torna mais difícil de enxergar e de fazer  algo por eles.
Volto pra superfície ofegante e olho uma quase miragem de sonhos tão nublada e cinza.
A água bate no meu pescoço por horas quase bate a narina e ando com o pescoço inclinado.
Fria é a sensação e não posso carregar os crânios comigo a sensação que vou ter é que vou apodrecer como eles.
Asas tão bonitas algumas tão alvas acorrentas ao fundo das águas.
O desespero e a ansiedade não podem fazer nada por mim e tento enfatizar isso quando por horas melancólicas converso com eles no fundo dessas geladas trevas.
Como devo agir ?
Uma resposta que filosoficamente fica mais claro que eu mesmo devo encontrar.
E cada vez nesse mar encontrando as carcaças dos peixes cada vez mais raros e a poluição cinza que me impedem de enxergar e me distanciam cada vez mais de Deus  e me levam cada vez mais a ouvir o desespero da ciência pedindo que algo seja feito.
Nos meus choros com o meu pescoço para fora da água parece que quanto mais choro mais punição sem misericórdia divina aparece e vejo as embarcações com a cruz como o brasão estampado interessados pela pesca e nunca estendem suas mãos.

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