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25/01/2017
Um horizonte alemão “Quase cinza” Parte 5
O que eu posso fazer ?
Mergulhar nesse lago quase cinza e tentar limpar as pedras
com a visão tão embaçada.
Ali onde os meus crânios estão e cada vez se torna mais
difícil de enxergar e de fazer algo por
eles.
Volto pra superfície ofegante e olho uma quase miragem de
sonhos tão nublada e cinza.
A água bate no meu pescoço por horas quase bate a narina e
ando com o pescoço inclinado.
Fria é a sensação e não posso carregar os crânios comigo a
sensação que vou ter é que vou apodrecer como eles.
Asas tão bonitas algumas tão alvas acorrentas ao fundo das
águas.
O desespero e a ansiedade não podem fazer nada por mim e
tento enfatizar isso quando por horas melancólicas converso com eles no fundo
dessas geladas trevas.
Como devo agir ?
Uma resposta que filosoficamente fica mais claro que eu
mesmo devo encontrar.
E cada vez nesse mar encontrando as carcaças dos peixes cada
vez mais raros e a poluição cinza que me impedem de enxergar e me distanciam
cada vez mais de Deus e me levam cada
vez mais a ouvir o desespero da ciência pedindo que algo seja feito.
Nos meus choros com o meu pescoço para fora da água parece
que quanto mais choro mais punição sem misericórdia divina aparece e vejo as
embarcações com a cruz como o brasão estampado interessados pela pesca e nunca
estendem suas mãos.
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