12/02/2020
Eu não sei porque razões eles colocaram uma criança pra representar o espírito que nunca se cansa.
Amália tinha o olhar de zombaria e arteiro.
Ela adorava me implicar e sorrir quando meus feitiços davam errados.
Nunca vou esquecer o olhar de cinismo dela quando as chamas que tentei usar para controlar as pragas queimaram os espíritos da longevidade e esperança que eram dois idosos e estavam na casa.
Amália achava ótimo quando as tragédias aconteciam porque ficava mais emocionante e menos previsível, me lembro de tão agoniada atirar na perna dela para ver se ela sossegava.
Isso porque sabia que se curaria, mesmo assim a chantagista tentava manipular minhas emoções com chantagem.
Amália se transformou em um cavalo que mancava, e meu sentimento de culpa foi ao máximo.
As pessoas todas falando do cavalo e eu machucada por dentro, tentando concentrar no ritual de vida que ela tentava atrapalhar.
Depois Amália chegou perto de mim e virou um cachorro que mancava com a perna visível a bala.
Foi horrível a cena.
Pedi Amália que parace e me deixasse concentrar.
Amália usava magia sentimental e saiam vozes das pessoas em volta dizendo "nossa como tem coragem" ou "que maldade. "
Amália gostava de usar uma blusa vermelha que nunca tirava.
Um vermelho sangue bem forte nada neutro.
Não sei porque mas, nela parecia que nunca se apagava.
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